sábado, 25 de outubro de 2014










O MILAGRE DE GUAXENDUBA

Minha Terra natal, em Guaxenduba;
Na trincheira, em que o luso ainda trabalha,
A artilharia, que ao francês derruba,
Por três bocas letais pragueja e ralha.

O leão de França, arregaçando a juba,
Saltou. E o luso, como um tigre, o atalha.
Troveja a boca do arcabuz, e a tuba
Do índio corta o clamor e o medo espalha.

Foi então que se viu, sagrando a guerra,
Nossa Senhora, com o Menino ao colo,
Surgir lutando pela minha terra.

Foi-lhe vista na mão a espada em brilho...
(Pátria, se a Virgem quis assim teu solo,
Que por ti não fará quem for teu filho?)




(Humberto de Campos), homenagem autor em 25 de outubro, em seu aniversário de nascimento.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014





Neste Dia do Poeta,
Poeta também tem dia?
Onde se viu Poesia
Reclamar tal primazia?

O verso que sai nem pensa:
Aplausos, merecimento;
Só o ler é recompensa
E não lhe sobra lamento:

O poeta é desprezado,
Não lhe conferem honraria!
Qual nada, deu-se o recado,
Somos todos alegria.

domingo, 19 de outubro de 2014





 

 

Uma semana nos separa da volta às urnas. Talvez nunca em nossa História um dedo só seja tão importante. Não nos deixemos envolver pelos boatos, o falatório que antecede essa hora, o papel de vítima que assumem, e o verbo enganador não nos seja o canto da sereia! Lembremos Zezé de Camargo e Luciano: “Tem alguém levando lucro, tem alguém colhendo o fruto sem saber o que é plantar. Tá faltando consciência, tá sobrando paciência, tá faltando alguém gritar. Feito um trem desgovernado. quem trabalha tá ferrado nas mãos de quem só engana. Feito mal que não tem cura, estão levando à loucura o país que a gente ama”. (Meu País)